quinta-feira, 3 de maio de 2012

Após 21 dias, professores estaduais da Bahia mantêm greve

Professores da rede estadual de ensino do Estado da Bahia decidiram continuar em greve após assembleia realizada nesta quarta-feira, 2 de abril. O movimento começou no último dia 11 de abril e caminha para alcançar um mês de duração. Cerca de 1,1 milhão de estudantes têm aulas prejudicadas devido à paralisação.

A diretora da APLB Sindicato, Marilene Betros, alega que a culpa pela greve é do governador Jaques Wagner, que não permite o diálogo entre docentes e a gestão pública. Os professores querem reajuste geral para a categoria de 22,22%, mas este percentual foi concedido apenas aos professores de nível médio como correção para o novo piso nacional.


"Nós queremos negociar, estamos dispostos a negociar. O governo não pode ignorar um milhão e cem mil alunos que estão sendo prejudicados pela greve. Portanto, saiba que a conta pelos dias perdidos, pelo prejuízo ao calendário de 200 dias de aula, é sua", disse a professora em recado ao petista. Os docentes estão acampados na Assembleia desde o último dia 13.

Os professores não votaram nenhuma flexibilização em relação às reivindicações desde o início da greve e continuam exigindo que o governo conceda aumento de 22,22% a todos os níveis de docentes. O presidente da APLB, Rui Oliveira, ignorou também o apelo feito pelo secretário de Educação Osvaldo Barreto feito em entrevista na TV Record na manhã desta quarta pelo retorno imediato às aulas. "Como ele pode fazer apelo e cortar salários? O secretário não vai mexer com a nossa dignidade. A greve continua".

O secretário afirmou na TV que a greve dos professores não tem 100% de adesão. Segundo ele, cerca de 500 das 1.450 escolas da Bahia estão funcionando normalmente apesar do movimento grevista e que nenhuma unidade educacional que não está 100% na greve teve corte de ponto dos professores.

Barreto confirmou que o corte de ponto existe para quem está totalmente paralisado e que foi uma estratégia orientada pela Procuradoria Geral do Estado. O secretário aproveitou para fazer um apelo aos docentes para que retornem à sala de aula e garantiu que, com a retomada das aulas, o canal de debate com o Governo do Estado continuará aberto.

"Os professores sabem que a Secretaria de Educação e de Administração e todos os organismos próximos ao gabinete do governador sempre estabeleceram uma atitude de diálogo com os professores. O governador Wagner tem uma atitude de permanente diálogo e eu apelo para que os professores parem a greve. Certamente o dialogo vai continuar", assegurou o dirigente.

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