sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Batalha do maior exército de evangelistas chega à reta final


Desde o início de janeiro, grande parte da juventude adventista dedicou suas férias para a realização de trabalhos sociais e, principalmente, evangelísticos em diversos continentes através da Missão Calebe. Somente na Região Nordeste do Brasil o projeto conta com cerca de 15 mil soldados que se disponibilizaram a transmitir a mensagem de esperança. Em Salvador e Região Metropolitana mais de mil jovens estão divididos em 76 equipes e vivenciam experiências únicas a cada dia.

No bairro do Engenho Velho de Brotas aproximadamente 150 pessoas estão estudando a bíblia. Em Sussuarana a comunidade pôde presenciar o livramento de Deus a uma calebe que foi mordida por um cão e saiu ilesa. Na cidade de Dias D’Ávila o relato de um jovem que sacrificou uma proposta de emprego para servir a Deus nas férias e foi agraciado com a possibilidade de ocupar a mesma função a partir do mês de fevereiro. E no município de Catu, “efeito dominó para salvação”. Uma história de amizade possibilitou a três garotas estudarem a bíblia, aceitarem a mensagem e se batizarem juntas na Missão Calebe. Essas são algumas das manifestações do trabalho do Espírito Santo quando a juventude se movimenta para fazer a vontade de Deus.

O desafio

E não são apenas os jovens que se desprendem do descanso em janeiro para abreviar o retorno de Jesus! As vésperas das férias, em dezembro do ano passado, o pastor Yure Gramacho, então líder do distrito de Catu, foi convidado para ser o novo diretor jovem para a Igreja na Grande Salvador a partir deste ano. Motivado ao extremo, Gramacho aceitou o desafio e abriu mão das férias para coordenar a Missão Calebe. “Preferi viver minhas férias mais perto das estrelas”, disse ele. “Estou trabalhando com a juventude no sentido de fortalecimento da própria fé, porque mantendo a comunhão diária com Deus nossos jovens são revigorados, e conseqüentemente realizarão um bom trabalho evangelístico”, finalizou.

O reconhecimento

Toda a igreja está trabalhando em conjunto com os calebes. A Rádio Novo Tempo Salvador faz parte do pelotão. Toda quarta-feira, às 10h, o pastor Yure apresenta o Calebe Rádio, e na companhia do locutor Carlos Oliveira, tira as dúvidas e transmite informações importantes. O trabalho dos jovens evangelistas chamou a atenção de vários meios midiáticos. A Rádio 106,9 FM, de Dias D’Ávila, recebeu a equipe da igreja central em seus estúdios e a participação que seria de 20 minutos, chegou a quase uma hora, sendo o fato publicado posteriormente no site Dias D’Ávila Notícias.

Testemunhando

Arlene de Jesus participa da Missão Calebe em Sauípe e, pelo segundo ano, decidiu aproveitar as férias de forma diferente. Segundo ela, pregar a mensagem do evangelho cumpre a ordem divina e ao mesmo tempo fortalece sua conexão com o General Supremo: “Decidi ser calebe outra vez porque vi como é maravilhoso passar as 24h do dia com Jesus. Em todo o tempo aprendo coisas diferentes e a experiência que estou adquirindo vai permanecer por toda a vida. A satisfação em ver as pessoas ao nos receber, é o que mais me motiva. E ao final, nós mesmos somos os maiores beneficiados. Não há preço que pague esse sensação”.

As férias de janeiro estão chegando ao fim e junto com elas a sexta edição da Missão Calebe. Nesta última semana, os trabalhos se tornam mais intensos. Pessoas serão convertidas ao evangelho, decisões serão tomadas e vidas serão transformadas. E os benefícios se estenderão à vida desses soldados que pela graça de Deus sairão reavivados para continuar o trabalho com o intuito de apressar a volta de Jesus.[Equipe CIAP, Tiago Oliveira]

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Na Nigéria, o conflito religioso escalada impactos Igreja Adventista



A Igreja Adventista do Sétimo Dia na Nigéria está vendo uma queda na freqüência à igreja e alguns fechamentos de igreja em meio à piora conflito religioso no país.

Um recrudescimento de ataques contra igrejas cristãs pelo grupo extremista Boko Haram início no ano passado levou a violência sectária em curso entre grupos muçulmanos e cristãos, no nordeste da Nigéria.

Abuja was among Nigerian cities targeted by a wave of sectarian violence beginning in 2011. A suicide bombing at United Nation’s headquarters in the country’s capital city left 26 people dead last year. [photo: iStockphoto]

Somando-se o tumulto, o governo do país, recentemente eliminado os subsídios à energia, duplicando o preço da gasolina e incitar greves e manifestações em todo o país. Notícias indicam que os nigerianos vivem com medo de agitação contínua.

Enquanto isso, o escritor nigeriano Chimamanda Ngozi Adichie pediu aos líderes religiosos de seu país para falar contra a violência, o The Guardian informou na semana passada.

"Os líderes cristãos devem continuar a pregar a paz e união para que os cristãos não retaliar", disse ao Guardian Adichie. "Os líderes muçulmanos devem fortemente e repetidamente condena a violência contra os cristãos e deixar claro que Boko Haram não representa o Islã Nigéria", disse ela.

A Igreja Adventista no país tem dedicado nos últimos dias de jejum e oração para a situação em curso. Administração da igreja no país é a adesão incentivo ao trabalho em pequenos grupos e evitar grandes encontros religiosos públicos. Esforços de evangelismo ao ar livre tem sido colocada em espera devido a um toque de recolher e da situação de segurança frágil, declararam oficiais da Igreja.

De acordo com um relatório da Conferência Nordeste da Nigéria Presidente Bindas Stephen Haruna, a Igreja Adventista não sofreu danos materiais ou perda de vida. No entanto, alguns membros individuais tiveram seus bens saqueados ou queimados.

"A situação no norte da Nigéria mostra como a falta de liberdade religiosa pode afetar a vida das igrejas, e por isso que devemos promover e defender firmemente esta liberdade essencial antes que seja tarde demais", disse John Graz, diretor de Assuntos Públicos da Igreja Adventista a nível mundial e Liberdade Religiosa.

Freqüência à igreja, no nordeste da Nigéria caiu drasticamente, levando ao fechamento de igreja em algumas regiões onde a maioria dos membros estão viajando empresários que voltaram para suas casas. Em outras igrejas, pastores deixaram suas congregações por medo de serem mortos.

A situação gerou uma onda de evangelismo de pequenos grupos, os líderes da igreja disse. Como adventistas nigeriano funil seus esforços para espalhar a esperança adventista em menor escala, os oficiais da igreja no país estão solicitando as orações e apoio da família da igreja mundial.

Então em meio a essa calamidade que está assolando nossos irmão na Nigéria, nós podemos ajudar eles. Vamos orar para que deus possa dar forças para que possas vencer essas provaçoes e assim estar mais ligados com o nosso Deus e também possam trazer mais pessoas para o seu caminho.[Equipe CIAP, Tiago Oliveira]

domingo, 22 de janeiro de 2012

Por do Sol no Humaitá


Está chegando o dia do nosso por do sol no Humaitá e você não pode ficar de fora desse passeio. Vai ser momento maravilhosos, alegres, com pessoas legais e principalmente com Deus. Procure a direção jovem da igreja de Paripe e pague sua passagem, é apenas R$ 5,00. Além de estarmos indo para o Humaitá, estaremos fazendo um trabalho missionário e ao mesmo tempo humanitário, antes do por do sol estaremos fazendo uma visita pro CAASA. Lá vamos distribuir alguns livros A Grande Esperança e também distribuindo objetos de limpeza para eles. Por isso se você tem uma escova, uma toalha ou qualquer coisa desse gênero e você veja que vai estar ajudando eles, leve, pois tem pessoas que necessitam da generosidade dos outros. Eu vou, e você vai perder?[Equipe CIAP, Tiago Oliveira]

Cristão vs Cinema. Certo ou errado?

Será que o cristão pode ir ao cinema?
Esse é um tema que causa algumas discussões entre nó cristão porque alguns dizem que não tem nada de mais em ir pra um cinema, ostros já dizem que ir pro cinema é pecado. Então pra acabar com essa dúvida vamos ver na palavra de Deus o que realmente devemos fazer em relação a esse tema muitas vezes polêmico.
[Equipe CIAP, Tiago Oliveira]

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Cresce a distribuição de Bíblias em 2011


Com 6,78 milhões de Bíblias completas distribuídas em 2011, a Sociedade Bíblica do Brasil continua se superando no esforço de levar a Palavra de Deus a um número cada vez maior de pessoas. O total de Escrituras, incluindo porções e seleções bíblicas, entre outras publicações, ultrapassou os 242 milhões de exemplares.

O ano de 2011 foi mesmo especial para a Sociedade Bíblica do Brasil (SBB). Depois de ter alcançado, em maio, a marca de 100 milhões de Bíblias produzidas desde a instalação da Gráfica da Bíblia, em 1995, a SBB distribuiu, em 2011, 6.783.255 Bíblias completas à população brasileira, 14,54% a mais do que em 2010. “A Palavra de Deus é cada vez mais necessária em nosso mundo, em especial para as pessoas em situação de risco social, cujas vidas são transformadas por meio da mensagem bíblica”, pondera o diretor executivo da SBB, Rudi Zimmer.

Se considerados todos os tipos de literatura bíblica distribuídos – Novos Testamentos, Porções Bíblicas (livretos contendo partes do texto bíblico, como evangelhos) e Seleções Bíblicas (folhetos com texto bíblico selecionado) –, foram mais de 242 milhões de exemplares espalhados em todas as regiões do Brasil, dos quais 26,3 milhões por meio dos programas sociais da SBB. Uma distribuição 2,89% superior a de 2010 (confira os números completos na tabela a seguir) “O ano de 2011 foi extremamente frutífero para a Causa da Bíblia no Brasil, temos de agradecer a Deus por isso e pedir que ele nos oriente nessa missão, pois há ainda muito trabalho a ser feito”, diz o diretor executivo, lembrando que para que cada jovem brasileiro, ao completar 15 anos de idade, tenha seu exemplar da Bíblia, é preciso duplicar essa distribuição.
Diferentes formatos
O texto bíblico oferecido em diferentes formatos possibilita que a SBB atenda às necessidades específicas dos mais variados públicos. Grande parte das publicações é disponibilizada a preços subsidiados ou fornecida gratuitamente à população beneficiada pelos programas desenvolvidos pela organização. Entre eles estão Luz no Brasil, A Bíblia para Pessoas com Deficiência, A Bíblia nos Hospitais e A Bíblia nas Escolas.

Outro programa que merece destaque é o Sócio Evangelizador, por meio do qual voluntários distribuem maciçamente folhetos com passagens bíblicas que, além de tratarem de temas do dia a dia da população, estimulam a leitura bíblica. Em 2011, foram distribuídos 231,4 milhões de exemplares de seleções bíblicas.

“Mais do que números, esses dados representam a importância de se trabalhar em diferentes frentes, não perdendo nunca de vista a missão de difundir a Bíblia e a sua mensagem a todas as pessoas, numa linguagem que possam compreender e a um preço que possam pagar”, avalia o diretor executivo, destacando que a Sociedade Bíblica do Brasil tem buscado atender às necessidades das igrejas cristãs, desenvolvendo projetos editoriais relevantes e diversificados, que comuniquem a mensagem bíblica a todos os segmentos da população. Além disso, busca investir em programas holísticos, que atendam integralmente às necessidades da população em situação de risco social. “Este é um exercício pleno dos ensinamentos de Cristo e, por meio dele, fazemos com que a sua Palavra seja alimento, conforto e estímulo para o desenvolvimento humano”, diz Zimmer. [Equipe CIAP, Tiago Oliveira]



sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Por que os jovens deixam a fé?


Mais do que em gerações anteriores, os jovens crentes entre 20 e 30 têm abandonado a fé.

Momentos importantes fazem parte da jornada de todo jovem quando ingressa na idade adulta: a chegada à universidade, o começo da carreira, a compra do primeiro apartamento, o casamento e – no caso de muitos cristãos hoje em dia – o distanciamento da fé. Para cada vez mais rapazes e moças na faixa entre os 20 e os 30 anos, tudo o que se aprendeu ao longo de anos e anos de escola dominical infantil, atividades de grupos de adolescentes ou reuniões de oração da mocidade simplesmente parece perder o sentido diante da realidade da vida autônoma e suas múltiplas possibilidades. Motivos para tal esfriamento não faltam: o sentimento de liberdade pessoal, o convite aos prazeres antes proibidos, a ênfase exagerada na vida profissional e no próprio sucesso... Longe da tutela dos pais crentes, jovens que um dia eram vistos na igreja como promissores nas mãos de Deus vão, pouco a pouco, assumindo um estilo de vida mundano. E logo já não são nem um pouco diferentes de seus amigos que jamais estiveram num culto.
Não há, dizem, uma razão específica. O que se alega é um certo cansaço da vida religiosa ou a impressão de que a história do Evangelho, afinal de contas, não é tão verdadeira assim. Todo crente conhece pessoas nesta situação. E a quantidade de gente que deixa a igreja para trás tem aumentado – só no Brasil, segundo o último Censo, já há cerca de 14% de evangélicos confessos sem ligação formal com uma igreja. A tendência é mais aguda entre os jovens adultos, e não apenas por aqui. Na última edição da Pesquisa Americana de Identificação Religiosa, um fato chamou a atenção. A porcentagem de americanos que responderam “sem religião” praticamente dobrou nas últimas duas décadas, crescendo de 8,1% nos anos 90 para 15% em 2008. O estudo também observou que assombrosos 73% deles vêm de famílias religiosas – e quase dois terços foram descritos no estudo como “ex-convertidos”.
O resultado de outra pesquisa também foi expressivo. Em maio de 2009, no Fórum de Religião e Vida Pública, os cientistas políticos Robert Putnam e David Campbell apresentaram uma pesquisa descrevendo o fato de que jovens estão abandonando a religião em “ritmo alarmante”, cinco a seis vezes mais rapidamente do que anteriormente registrado. Fato é que a sociologia já descobriu que a migração para longe da fé cristã, por parte de jovens antes engajados na vida eclesiástica, é um fenômeno crescente. E uma resposta para este fato requer primeiramente uma análise de tal êxodo e o questionamento honesto das razões pelas quais ocorre.

ABANDONO
O presidente do Barna Group, entidade cristã de pesquisas sediada na Califórnia (EUA), David Kinnaman, revela que cerca de 65% de todos os jovens de seu país afirmam ter feito um compromisso com Jesus Cristo em algum momento de suas vidas. Kinnaman entrevistou milhares de jovens para a elaboração de seu livroUnChristian. Segundo ele, a maior parte dos ‘não-cristãos’ da sociedade hoje é formada por gente que em algum momento freqüentou igreja e serviu a Jesus. “Em outras palavras, eles são nossos antigos amigos, adoradores de outrora”, acentua.
Grande parte dos pesquisadores avalia que este dramático número de abandonos espirituais por gente na faixa dos vinte e poucos anos constitui, na verdade, uma etapa no curso da vida de quem chegou à conclusão que vale mais a pena dormir até tarde ou fazer outros tipos de programa aos domingos. O sociólogo Bradley Wright salienta que a tendência da juventude ao abandono da fé é uma característica do cristianismo contemporâneo. A questão do comprometimento moral parece estar na base do processo. Donos do próprio nariz, não poucos jovens de origem evangélica começa a mudar de hábitos, sendo mais abertos a novas experiências e menos refratários àquilo que, durante anos e anos, ouviram ser pecado.
Quando o rapaz ou a moça recém-saída da casa dos pais vai morar com o companheiro, ou encontra na faculdade amigos que fazem convites para noitadas, os conflitos entre a crença e o comportamento pessoal parecem ficar inconciliáveis. Cansados de lidar com o que lhes resta de uma consciência de culpa e relutantes em abandonar aquilo que têm como conquistas pessoais, eles preferem abandonar o compromisso cristão. Para isso, podem usar como argumentos o ceticismo intelectual ou a decepção com a igreja, mas estes são apenas motivos superficiais para esconder a razão principal. A verdade é que a base de crenças acaba sendo adaptada para corresponder às ações.
“Em alguns casos, o processo é gerado por uma decepção com a igreja, levando ao esfriamento”, aponta o pastor Douglas Queiroz, da Igreja Plena de Icaraí, em Niterói (RJ). Há dez anos, ele dedica seu ministério à juventude, aconselhando não apenas novos convertidos como gente que nasceu na igreja mas em algum momento abandonou a fé. “Eles não se identificam mais com a igreja da qual faziam parte”. Para Douglas, esse fenômeno pode ser atribuído, em parte, ao momento em que o jovem vive. Isso se dá pelo distanciamento que existe entre a igreja e a sociedade. O jovem de hoje, detentor de muita informação, não aceita esta relação ambígua, não suporta mais viver numa subcultura ou dentro de um gueto com postura, linguajar e pensamentos distantes do cotidiano”, comenta. Mas existem também, diz o pastor, situações em que não se trata exatamente de um esfriamento espiritual. “A pessoa simplesmente descobre que sua fé não existe, ou seja, nunca houve uma experiência individual. O jovem é cristão simplesmente porque nasceu num lar de crentes e cresceu indo à igreja.”[Equipe CIAP, Tiago Oliveira]

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Tribunal húngaro derruba lei religiosa controversa


Uma polêmica Lei de Igrejas, da Hungria, estabelecida para cancelar o registro de todas as Igrejas, menos 14 das "históricas", foi derrubada hoje pelo Tribunal Constitucional do país.

A lei, que estava programada para entrar em vigor em 1º. de janeiro de 2012, forçaria mais de 300 religiões minoritárias, incluindo a Igreja Adventista do Sétimo Dia na Hungria, a submeter-se a um árduo processo de nova solicitação de registro junto ao parlamento para o retorno do seu estatuto jurídico .

A Associação Internacional de Liberdade Religiosa tem se manifestado contra a lei desde que foi aprovada em julho deste ano. Na semana passada, Dwayne Leslie, diretor de assuntos legislativos da IRLA, e Ganoune Diop, representante da denominação junto à Organização das Nações Unidas, reuniram-se com o embaixador da Hungria nos Estados Unidos, Gyorgy Szapary, para expressar suas preocupações. Em novembro, Diop e o secretário-geral da AILR, John Graz, reuniram-se com o embaixador da Hungria para as Nações Unidas, em Nova York para discutir a nova lei.

"Este é um grande dia para a causa da liberdade religiosa na Hungria", disse Graz. "Estamos muito satisfeitos que o Tribunal Constitucional se pronunciou de forma tão decisiva contra essa lei, o que teria representado um golpe significativo à reputação da Hungria como um país que promove e protege a liberdade religiosa de todos os seus cidadãos."

A lei, aprovada por uma maioria de dois terços do parlamento da Hungria, foi descrita pelo governo como um meio para acabar com as organizações fraudulentas que operam por trás da proteção da religião. Advogados de liberdade religiosa em todo o mundo, no entanto, criticaram a lei como causadora de dificuldades para muitos grupos confessionais minoritários.[Equipe CIAP, Tiago Oliveira]

O homem com o plano

Em meio a dezenas de palestras internacionais, Gilbert Cangy passou o seu primeiro ano como diretor de Ministérios da Juventude da Igreja Adventista do Sétimo Dia a nível mundial reunindo todos diferentes setores para dialogar sobre o plano.
Em meio a dezenas de palestras internacionais, Gilbert Cangy passou o seu primeiro ano como diretor de Ministérios da Juventude da Igreja Adventista do Sétimo Dia a nível mundial reunindo todos diferentes setores para dialogar sobre o plano.

Gilbert Cangy wants youth to take ownership of their faith. Appointed Youth Ministries director of the Adventist world church last year, Cangy also wants to bring church and supporting-ministry groups together to support youth in their spiritual development. [ANN file photo by Gerry Chudleigh]



Que plano? "É sobre encontrar maneiras em que podemos levar os nossos jovens de simples membros da Igreja a serem seguidores de Jesus Cristo totalmente dedicados", diz ele.

Em seu escritório na sede da denominação, Cangy diz que o seu enfoque agora está no discipulado de jovens. O departamento está produzindo dois recursos para ajudar os jovens no desenvolvimento de sua própria espiritualidade.

Em janeiro, o website dos Ministérios da Juventude da Associação Geral tornará disponível o programa 'Discipulado em Ação', um guia de currículo de 26 semanas que pode ser usado ​​individualmente ou em pequenos grupos, bem como um guia de estudo diário da Bíblia de sete semanas orientado aos jovens.

Em entrevista, ele diz repetidamente que os jovens são responsáveis ​​pelo desenvolvimento da sua própria fé.

Seu papel

Cangy coloca a sua posição em perspectiva: a igreja local é apenas uma estrutura de respaldo para o lar -- o "seminário primário", como ele chama. A denominação, então, é mais eficaz em contribuir para fazer discípulos na congregação local.

"Sabemos que um congresso da juventude acontece a cada dois ou três anos e uma reunião de jovens, algumas vezes por ano. Mas a realidade é que os jovens estão nas igrejas locais 48 semanas no ano. É aí que o foco precisa estar em termos de sua nutrição espiritual”.

Cangy usa as palavras "responsabilidade" e "realidade" muitas vezes ao longo da entrevista. Ele fala sobre como trabalhar com líderes locais e dialogar com a parceria com os ministérios de apoio e independentes de jovens. Ele espera por um "rapprochement "-- palavra francesa que significa vir para junto -- entre a Igreja e outros ministérios originalmente formados em paralelo à Igreja com pouca ou nenhuma consulta.

Embora ele se mantenha em contato com a juventude -- ele logo partirá para a Alemanha para falar numa convenção de jovens e, a seguir, para a Tailândia -- seu público primário, diz ele, é um grupo de "13 sujeitos”: os diretores de jovens em cada uma das regiões administrativas mundiais da denominação.

Depois de sua eleição no ano passado, ele voou para cada um de seus escritórios e se reuniu com eles, perguntando sobre suas opiniões e objetivos. Os planos deles são os seus planos, e vice-versa, diz ele.

"Acredito num processo de liderança mais consultivo. Sei que nestes tempos você pode ignorar a todos e que a tecnologia irá levá-lo para o iPhone de uma pessoa jovem, mas preferi trabalhar através do sistema [a Igreja]. O meu papel é considerar o quadro global e pensar onde estamos em termos de nosso tempo, cultura, geração, considerar as necessidades da Igreja globalmente”.

Cangy, de 55 anos, é originário das Ilhas Seychelles, um país de língua francesa no Oceano Índico Ocidental. Ele chegou à sede da Igreja Adventista via Austrália, onde trabalhou como um líder da juventude local e diretor da Juventude na sede da Divisão do Pacífico Sul, localizada perto de Sydney.

No ano passado, ele se sentou como delegado numa cadeira durante a Assembleia da Associação Geral com um sentido de "santo descontentamento" depois do que julgou ser a direção divina no ano anterior para aceitar uma posição como pastor titular de uma igreja local. Ele tinha servido na liderança de jovens por 16 anos. Um conhecido líder de jovens independente tinha recentemente lhe dito que ele possuía habilidades de liderança. Foi então que um toque no ombro mudou sua vida. O presidente da Comissão de Nomeações queria vê-lo.

Cangy logo se viu questionado pelo presidente da Igreja Adventista, Ted N. C. Wilson, se como diretor da Juventude poderia oferecer equilíbrio entre os ministérios contemporâneos estabelecidos da juventude e organizações de apoio. Seu passado moldou a sua resposta.

Sua jornada

"A fé é uma viagem", diz ele, noutra frase que usou várias vezes durante a entrevista. Sua própria jornada levou-o através dos oceanos, para países e através de mentalidades diferentes.

Nascido de pais missionários e criado nas vizinhas Ilhas Maurício, Cangy deixou a Igreja aos 17 anos e "abraçou a cultura", como diz. Ele também tocou baixo numa banda de ‘soul’ e mais tarde entrou para a marinha mercante, com esperança de fazer dinheiro.

"Não demorou muito para chegar à conclusão de que o dinheiro não é tudo na vida", diz Cangy. Era 1979 e ele tinha 21 anos. Em sua cabine a bordo, ao atravessar o Oceano Índico rumo à Cidade do Cabo, ele perguntou a Deus se Ele era real e poderia fazer algo por ele.

"Foi quando minha imagem de Deus mudou", diz ele. "Minha imagem de Deus era um Deus que eu temia e a Quem tinha que dar contas um dia. Esta não é uma imagem muito atraente. Agora eu não tenho medo, porque Ele me está lá por mim. Ele é um Deus de graça".

Cangy então retornou para a Igreja com intenção de resgatar o tempo perdido. Numa reunião da Juventude Para Cristo, ele confrontou um músico sobre a bateria e guitarras da banda, dizendo que eles promoviam um estilo de vida ímpio. Ele lembra que o membro da banda disse: "Eu nunca tive a sua experiência. O problema é seu, não meu. Você está associando estas coisas com outro estilo de vida, e eu sempre associei isto com minha adoração a Deus”.
Isso veio como um soco no estômago para Cangy, forçando-o, diz ele, a reavaliar a sua opinião sobre a embalagem do evangelho. Hoje ele prefere hinos franceses -- eles formavam suas experiências com Deus na infância. Mas ele diz que entende que isso não irá falar assim a todos.

"Acho que precisamos acatar o fato de que há uma diversidade enorme lá fora, na expressão dos nossos princípios", diz ele.

Aproximando pessoas

Os ministérios independentes e de apoio de jovens têm surgido crescentemente nas últimas décadas. O objetivo de Cangy é acolhê-los e trabalhar em conjunto, ou pelo menos ter mais diálogo. Alguns, diz ele, não estão interessados ​​em cooperar e perderam a confiança na liderança. Estes então estão mais interessados ​​em estabelecer expressões alternativas do adventismo e se vêem como os "reformadores" do movimento, Cangy diz.

"Não há nada de errado em expressar o nosso adventismo de uma forma mais conservadora", diz ele. "A Igreja Adventista do Sétimo Dia é um movimento global que está unido por uma única mensagem que se expressa e é comunicada através de sua rica diversidade cultural. No final do dia estamos transmitindo a mesma mensagem, mas a estamos embalando em formas diferentes. Devemos aprender a tomar a rota da afirmação mútua”.

Ainda assim, a realidade é que há muita tensão, diz ele.

"Dentro das tendências mais à direita, há uma visão doentia dos últimos dias que promove o antievangelho da noção de perfeccionismo sem pecado", diz Cangy. "Não há dúvida de que endêmica à mensagem do evangelho há um chamado para a transformação e desenvolvimento do caráter por meio de Cristo, mas que um dia você vai lograr uma vida sem pecado antes de Jesus voltar e coisas assim, são idéias muito perigosas".

Uma das maiores organizações de apoio é agora conhecido como Geração de Mocidade para Cristo -- Wilson foi o orador principal na convenção do ano passado. Formou-se há cerca de uma década atrás, como um ministério para os adventistas em universidades públicas. Cangy refere-se a um dos grupos surgidos no estado de Michigan, EUA, que se alinhou com um mentor que sentia que o ministério estabelecido de jovens tinha perdido o seu rumo. "Eles como que cavalgavam sobre este entusiasmo para lançar algo que correria em paralelo. Não havia intenção de consultar ou cooperar. Não creio que aqueles jovens tinham tal intento".

Mais tarde na entrevista, O presidente da GMC, Justin McNeilus, fez uma chamada. Cangy disse "olá" e garantiu que iria ligar mais tarde. Ele desliga e diz: "Falo muito com Justin porque ele é de um espírito diferente. Posso ver nele um desejo de cooperação. Ele e eu conversamos o tempo todo. Isso tem que ver com unidade".

Cangy ainda trouxe McNeilus e outros líderes de ministérios de apoio à juventude para o grupo de consultores do Departamento Mundial da Juventude no início deste ano.

"Meu sonho é trazer cada entidade para a mesa. Vamos conversar. Vamos fazer isso juntos. Seja a MPC ou Maranatha ou quem quer que seja que deseje contribuir para a extensão do reino de Deus".

Em última análise, cabe aos jovens escolher abraçar a fé ou não, Cangy diz. E ele acredita que cabe às gerações mais velhas inspirá-los e capacitá-los.

"A força da nossa Igreja são os nossos jovens. Vamos dar-lhes a missão do entendimento da Igreja para que possam fazer as coisas de maneira diferente porque vivemos num mundo que está mudando rapidamente".[Equipe CIAP, Tiago Oliveira]